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nada de mais, nem demais, nem de mas.

Esse não é um texto incrível. Não sei nem se é bom, mas é um texto.

Às vezes a chave simplesmente vira. Às vezes é um dia na feira, a conversa com a mãe e com uma mulher que você admira e teve a honra de dividir um pouco da vida com você. Às vezes se precisa de pouco pra se sentir parte da vida. Estava com saudade de estudar e não me dei conta disso até pensar que preciso organizar trocentas coisas chatas pra fazer a matrícula, comprar material escolar e escrever o artigo que to devendo a dois anos a melhor orientadora (que antes mesmo de voltar já era minha orientadora e ainda bem por isso). Estava com saudade de abrir o bloco de notas e escrever qualquer coisa que me vinha aos dedos. Estava com saudade de me identificar em mim, de me sentir parte de mim tanto quanto as últimas coisas da vida tem me ajudado a voltar. Eu me perco dentro de mim mesma. Minhas crises não são vistas ou reconhecidas, na maioria das vezes, mas a volta talvez fique clara. Pois então, estou voltando. Não ao blog. À Elisa. À mulher. Minhas idas de mim também me ensinam. Doem mais que ensinam, mas ensinam. Porque estou postando esse texto? Pra que eu lembre que toda vez que vou o mesmo Deus que me ensina, me espera voltar pra me fazer mais Elisa quando eu deixar. É que perdão é processo de cura, como aprendi com o aprendizado de Ed René (se você não sabe quem é, talvez valha a pena ouvir o último podcast da ibab). Pra que eu lembre que não preciso sair da crise pra viver. Pra que eu aceite melhor as minhas crises, abrace-as, entenda-as e reaja. Sempre. A luz que postei ontem em rede social é a mesma que vejo. Até que eu brilhe de novo e a escuridão esteja apenas fora de mim, preciso lembrar o que me faz brilhar. Atribuem a Clarice Lispector uma frase que diz: "Escrevo para salvar alguém, provavelmente a mim mesma". Escrever é um processo de cura e precisava fazer parte dele. Vou postar esse texto apenas para dizer que espero e vou orar pra que você que lerá esse texto (se é que alguém lerá), encontre o que precisa de cura em seu coração e encontre o que trará esse processo de cura. Que isso realmente te cure e não dê uma falsa sensação. Que você, como disse na rede social em questão ontem, possa encontrar seu brilho e me ajudar a brilhar na escuridão que se tornou o mundo. Que sejamos mais humanos. Que encontremos quem somos, quem devemos ser. E aí, "let it shine, let it shine, let it shine". (Eu sei que tem gente que se incomoda com mistura de português e inglês, mas misturo porque to estudando e pronto.)


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