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Quem é Elisa?

Essa menina que vos escreve chama-se Elisa. Sim, às vezes escrevo em terceira pessoa. Dizem que de fora se tem outra visão. Será que ser de fora, sendo de dentro vale? 

Bem, de dentro mesmo vos falarei. Esse é meu blog. Mais um. Tenho alguns perdidos por ai, como tenho uns tantos cadernos pela casa. Não escrevo para informar. Escrevo porque faz de mim eu mesma. Escrevi isso uma vez. Talvez seja verdade. Sou carioca. Não só de nascimento, mas de areia que gruda no pé e não sai. E praia. Embora não vá tanto, eu definitivamente sou carioca de praia. De mar quebrando no pé, do cheiro do mar grudado em você, e quando volta do banho, do olho ardendo e corpo mole. Do cansaço reconfortante que só  voltar da praia dá. Pois também sou de Ipanema, de Bossa Nova, Elis e Milton. De música sentida em português com violão, piano e grandes intrepretações. De cantores e cantores. De música que mexe, remexe os pensamentos. Que faz sentir e que acompanha o silêncio, a quietude. Sou de palco também. Não durante a peça, mas depois. Provavelmente por minha formação coo plateia. Mas amo bastidores, cenários, atores se cumprimentando perto do camarim, diretores sorrindo na estreia. Amo falar com atores depois da peça, mas me envergonho de interromper o espaço deles. MAs como me faz bem o barulho do palco, o tempo de assistir a peça, ser plateia e viver tão de perto aquela história. Aquela mesmo que você gostou. Aquela que ainda não vi. Aquela que eu perdi a temporada. Amo teatro. Mas amo filmes também e seriados. Amo o que me conte uma história. E então, amo livros. De cheiro de livro, de capa de livro, de biblioteca com livro, de livraria cheia de livro, de site com promoção de livros, de Bienal do Livro (esse evento foi praticamente feito pensando em mim). Aí eu faço Biblioteconomia e trabalho como auxiliar de biblioteca na biblioteca de uma escola. Sou criança. Na verdade, quero ser. Quero ser "criança para o que é mal e adulto para pensar". Amo esse universo, essas risadas e a sinceridade normal deles. Os abraços que me reanimam, os dramas desnecessários e engraçados ou o choro preso com os reais. Amo crianças. Minha mãe me ajudou nesse amor. Ela, que acumula o cargo de amiga, é professora. E minha infância na igreja nos ajudou um monte. Pois bem, sou cristã. Isso tem a ver com tudo e é maior que tudo. Se eu fizer o que deveria, ser cristã somará as medidas certas pra tudo isso que sou. 

Aos poucos, por aqui, poderá ler um pouco dessa mulher que às vezes é meio senhora e que vos escreve agora. Aos poucos mudarei. Reescreverei esse texto. Mil e duas mil vezes. Só pra que eu mesma me veja errada e me conserte. Me reinvente e me converte. Só pra que eu mesma sonhe de novo, deixe o orgulho, tolere as diferenças, encante com as diferenças, sente com qualquer pessoa. Só para eu saber que metamorse ambulante é estar viva. 

Oi! Eu sou a Elisa. E essa é a representação virtual de parte de meu mundo.

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